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Ontem recebi a notícia que o meu tio, faleceu devido a complicações do COVI-19. Foi complicado gerir todas as emoções e tentar dar a notícia da melhor forma possível à minha mãe...
Como é que se diz a uma irmã que o irmão mais novo (65 anos) faleceu durante a manhã?!?
Já mais calma, ainda a digerir toda a situação... recebemos um telefonema do IPO. A cirurgia voltou a ser marcada e a minha mãe será internada no domingo, mas amanhã terá consulta de anestesia e fará o teste COVID para despistagem.
Acaba por sobressair um misto de emoções: alívio (finalmente o tempo de espera/incerteza chegou ao fim), medo (pela cirurgia enorme que ela vai ter pela frente) e pânico (o medo de sair de casa, de apanhar o vírus e ela estar exposta);
“Vamos ter pensamento positivo e pensar em coisas boas!” mas na teoria a vida não é assim tão linear. Os nossos pensamentos por vezes assombram-nos de uma forma assustadora e por mais fé e otimismo que queiramos ter, temos momentos em que somos traídos pelo nosso “medo”.
Felizmente tenho um hábito diário que acredito que tem feito toda a diferença na minha vida – a oração! Eu sou uma pessoa de fé, acredito única e exclusivamente em Deus e tenho por hábito colocar nas mãos Dele, todos os meus problemas/dúvidas/medos e isso tem me ajudado a lidar com este turbilhão de acontecimentos... a acalmar o meu coração e a ter em mente que só preciso confiar e acreditar!
Acreditar que a cirurgia vai ser realizada na melhor altura possível, que o seu adiamento foi uma vontade de Deus. Confiar que não estamos sozinhos e que apesar de eu não poder estar ao lado da minha mãe, Deus estará sempre ao seu lado!