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Princesa de cristal

Diário de uma sonhadora

26
Jul19

Sim ou não?

Existem atitudes que me deixam fora de mim!

Hoje no trabalho pediram me para atualizar a base de dados com umas novidades mas avisei que ainda não estavam no sistema. Então pedi ao rapaz da informática que resolve-se o assunto mas ele não respondeu no skype (não chegou a ver a mensagem).

Continuei com o meu trabalho, como é óbvio... e faltavam uns 10 minutos para as 18h quando a minha coleguinha preferida (#soquenão) me chama a atenção frente a todos, quando podia falar só comigo e juntas resolver o assunto! 

Que eu devia avisar que ele não tinha visto a mensagem e que agora ela ia sair às 18h e que já não ia poder atualizar as redes sociais...e que não queria levar trabalho para casa (sim porque meter uma foto com um link num post é de fato um trabalho muito árduo...até devia ser paga a peso de ouro pelo minuto que perde! )....enfim alto drama!

 

Fiquei passada!

 

Apesar de eu não ter culpa do sistema não atualizar automaticamente, achei a atitude dela de uma falta de respeito e de uma estupidez de todo o tamanho!

 

É sempre assim com ela...sempre que eu faço algo, a mínima falha...ela não deixa escapar a oportunidade de o fazer notar frente a todos...incrível! Mais nenhuma colega é assim comigo, são todos altamente mas esta menina consegue-me tirar do sério! É daquele estilo de beijinhos e abraços e sempre que pode espeta a faca. (aqui para nós...no dia que ela se for embora acho que faço uma festa)

 

Agora estou com uma dúvida...acham que deva falar com ela em particular e dizer que não achei a atitude dela a mais correta? Ou devo simplesmente ignorar como das outras vezes?

Começa a ser cansativo...

 

24
Jul19

Sim...também eu me rendi ao "After"

1540-1.jpg

Não sei se já ouviram falar deste filme ou do livro?!

 

Esta história começou como fanfiction* e foi publicada no site de partilha de histórias Wattpad em 2013. Na altura teve mais de 1,6 bilhões de leituras online e acabou por ser um tremendo sucesso.

Eu só tive conhecimento da história quando o filme saíu. Numa tarde de domingo, e porque a hora da sessão era a mais oportuna, vejo o filme sem qualquer tipo de expetativa.

YEP... Nada de especial, um filme básico, irrealista e com demasiados clichés ... ok os personagens têm alguma química, mas nada que me fizesse dizer “UAU que filme!”, muito pelo contrário.

 

Mas já se sabe...é rara a adaptação que se mantenha fiel ou pelo menos que não desiluda. Por isso, e como sou uma romântica ... comecei a ler os livros  (adoro ler mas como passo imensas horas ao computador, psicologicamente fico bem esgotada e nem sempre tenho vontade para isso...)

 

Então muitoooo resumidamente a história é a de uma jovem super “certinha” que vai para a universidade, separando-se da mãe (uma mulher autoritária e preconceituosa) e do namorado de infância.

A sua companheira de quarto muito dada a festas e noitadas, apresenta-lhe os amigos entre eles está o bad boy, com um temperamento difícil...psicologicamente muito pesado (ou seja o oposto dela). Entretanto, iniciam uma relação muito intensa, abusiva e eu diria mesmo tóxica.

A história (composta por 5 volumes), cativou-me desde o primeiro momento. É sem dúvida viciante, só para terem uma noção...li o 1º volume de 500 e pouco páginas em 3 dias!

 

Depois de ler o 1º livro e comparando agora com o filme...confirma-se a minha teoria!

Uma tremenda desilusão! Não se mantiveram fiéis ao livro e fizeram demasiadas mudanças na narrativa. Faltou profundidade aos personagens e todas as reviravoltas que nos deixam presos a uma história viciante acabam perdidos.

 

Eu sei que é complicado condensar tudo numa 1h30 mas para mim a história deixou de fazer sentido quando tentaram "suavizar" (demasiado) os personagens. 

Parece que é tudo corrido e não existe muita ligação quando na verdade a história está cheia de pormenores.

Compreendo até que houve uma intenção e um cuidado especial para não enfatizar as relações abusivas/tóxicas. Não que eu ache correto esse tipo de comportamento abusivo/controlador, como é óbvio muito pelo contrário, mas isto é ficção! 

Na minha opinião...fazia mais sentido After ser transformado em série...não num filme! 

 

Hoje comprei o 2º volume...se for tão bom como o 1º... no fim de semana tenho isto despachado! 

 

* Fanfiction - histórias fictícias que podem ser baseadas em personagens e enredos de filmes, series, bandas etc. Ou seja, um fã cria a sua própria narrativa paralela ao original. (neste caso em específico a inspiração foi a boys band One Direction)

22
Jul19

...

Estou com um trauma! 

Ultimamente tenho dado por mim a evitar alguns locais onde sei que a probabilidade de dar de caras com o defunto e com a namorada é maior.

É ridículo eu sei!

 

A semana passada tive um almoço de trabalho na praia de Matosinhos, já conhecia o restaurante (cheguei a ir lá com o ele) mas estava super incomodada só de imaginar que poderia existir a possibilidade de o encontrar a passear de mãos dadas com a namorada, ali naquela zona! 

 

Era pouco provável, até porque ele devia estar a trabalhar ou de férias com ela, mas como vivem ali naquela zona e dada a minha falta de sorte...

 

Um ano depois e ainda estou com traumas destes...

19
Jul19

...

Ai o preconceito...esse filho da mãe!
E quando se usa cadeira de rodas, quer queiramos quer não ele está presente em algumas situações. Já não é tanto como antigamente, mas ainda nos deparamos com perguntas sem qualquer tipo de sentido e que nos deixam tantas vezes constrangidos sem saber bem se a pessoa que pergunta, está a gozar connosco ou se realmente não tem noção do ridículo da situação.

 

E como já passei por algumas situações engraçadas (outras nem tanto), acho que se as coisas forem abordadas de uma forma descontraída fica tudo bem mais fácil. Por isso, decidi compilar algumas das perguntas mais comuns (pode ser que esclareça alguém).

 

Lembrando claro, que é a minha opinião baseada apenas na minha deficiência. Obviamente cada pessoa é diferente, com necessidades especificas e com opiniões pessoais, provavelmente diferentes da minha.

Incomoda-me quando as pessoas me perguntam se eu preciso de ajuda?

Não, de todo! Incomoda-me sim, quando eu digo “não obrigado” e a pessoa insiste em ajudar, como se eu não tivesse percebido a pergunta ou tivesse vergonha em aceitar a ajuda. Se eu precisar de ajuda, peço...simples! Agora insistir em ajudar, não só nos vai deixar constrangidos como (a mim em particular) me deixa irritada.
Mas depende das situações, como é óbvio! Por exemplo, se vou a entrar num sitio qualquer e alguém se antecipa a abrir-me a porta, isso para mim é a chamada "boa educação"! Basta ter bom senso...simples. 

 

Fico constrangida quando olham fixamente para mim?

Imenso. Sinto-me super desconfortável e irritada mesmo. E existem várias formas de olhar... aquele olhar de “ó coitadinha”, “eu conheço-a de algum lado...” ou “olha bem bonita...” e meus amigos, nós conseguimos identificar sempre cada tipo de olhar é que nem vale a pena disfarçar!

Não somos seres estranhos...ok andamos sentados mas isso não faz de nós diferentes e esse tipo de olhar, quando é depreciativo faz-nos sentir desconfortáveis e por vezes até magoados.
Claro que existe o reverso da moeda (felizmente!)... quando recebemos aquele elogio vindo de um estranho e que nos fez sorrir o resto do dia! 
Uma vez em Madrid, fiquei para trás do resto do grupo a olhar o mapa e passam por mim 3 jovens e um deles comenta com os outros 2 "Que guapa!" ao mesmo tempo que se viram para trás para olhar para mim.... e escusado será dizer que a minha autoestima nesse dia...upa upa...


As pessoas deviam ignorar o fato de eu andar em cadeira de rodas?

Não, de forma alguma, só não quero que se foquem nela. O fato de eu andar sentada, não faz de mim uma pessoa diferente.


Incomoda-me quando as pessoas perguntam porque é que ando em cadeira de rodas?

Se eu não conheço a pessoa de lado nenhum e se for essa a sua primeira pergunta...acho ridículo e sim incomoda-me! Não faz sentido perguntar algo pessoal a alguém sem nenhum tipo de contexto...sem haver alguma “confiança”.

Já me aconteceu algumas vezes, eu estar a entrar no carro e dirigirem-se a mim com comentários do estilo “foi algum acidente?”  ou “Ah tão bonitinha e já de cadeira de rodas é uma tristeza”... 
A verdade é que nem sempre estamos de bom humor e muitas vezes respondemos de forma ríspida... e depois vem o arrependimento “dam it...era escusado ser tão mázinha” 

Como é que eu me sinto quando me dizem que sou uma “inspiração”? 

Acontece-me imensas vezes e acreditem, chega a ser irritante!

Mas sou inspiração porquê?! É que se é porque me levanto da cama todos os dias e vou trabalhar e não passo o dia a lamentar-me com a minha “desgraça”... poupem-me a sério!!!

Agora se sou uma inspiração, porque me vêm como uma pessoa focada nos seus objetivos e que encara as dificuldades com otimismo, ou porque gostaram do meu trabalho ou de algo que fiz...então sim, fico muito feliz em ser uma inspiração para alguém.

Andar de cadeira de rodas não implica ser diferente, não implica deixar de sonhar e de seguir esses sonhos. Implica sim, fazer pequenos ajustes para os conseguir realizar.

Mas desistir nunca é opção! 

18
Jul19

Desafio? A sério?

A semana passada vi que um colega de curso tinha partilhado no instagram um vídeo de uma entrevista no programa da Cristina, de um casal jovem em que ele tinha uma atrofia muscular.

E como eu sou uma romântica fui ver a entrevista na íntegra e ... desilusão, não gostei!

Não sei ao certo a idade deles, devem ter uns 25 anos ± , mas a forma como ela falou deixou-me triste.

A dada altura a entrevistadora pergunta-lhe “o que mais ama nele?” a resposta dela foi “o desafio” – WHAT?!?

Desafio? Parece que basicamente ele está a ser usado para satisfazer a sua apetência por desafios, só pode! Parece que ela encara a relação como um jogo, em que diariamente tem que superar etapas...e deve ser triste ouvir isso de quem se ama. 

 

E que é feito do romantismo do: “porque ele me completa....porque me faz sentir amada e realizada....porque é um ser humano extraordinário...” algo do género!

 

Ok...é inegável o desafio diário, todas as dificuldades que eles como casal enfrentam diariamente. Mas isso não é motivo para permanecer ao lado de alguém, até porque na minha opinião isso é diminuir a outra pessoa.

 

De uma coisa tenho a certeza... se tivesse alguém ao meu lado que me dissesse que estava comigo pelo “desafio”, como se eu fosse um  jogo, levava logo com uns belos patins! 

 

15
Jul19

...

Esta sexta-feira fui almoçar com os meus colegas de trabalho.

Foi um almoço super agradável e fiquei mais uma vez, agradavelmente surpreendida pela simpatia e disponibilidade da diretora do departamento. Muito preocupada comigo (por estar a tirar os dias de férias para acompanhar a minha mãe e não para descansar) e disse-me várias vezes que qualquer coisa que precise para falar diretamente com ela.

 

É tão raro encontrar assim pessoas tão disponíveis que até tenho algum receio que seja "fake"...mas quero acreditar que não! 

 

Desde que ela entrou como diretora, não tenho uma única coisa a apontar-lhe, muito pelo contrário. Já tive colegas que tentaram minar (ainda que inconscientemente acho...) a minha opinião sobre ela.

Mas como ter uma opinião negativa de alguém que sempre me tratou super bem?! Até agora, tem sido uma excelente líder e é uma sorte ter alguém assim a liderar a equipa.

 

E fiquei com uma vontade enorme de lhe agradecer por toda a disponibilidade, mas tive receio de que fosse soar a "graxa" a algo pouco genuíno. 

Mas caramba...se para criticar as pessoas estamos sempre prontos, porque é que para elogiar não pode ser algo espontâneo?! O que acham?

05
Jul19

...

Não imaginam a dificuldade que estar a ser encontrar uma BOA empregada de limpeza para casa dos meus pais! (posteriormente para a minha a casa).

O apartamento é um T4 com áreas bem generosas, mas como a minha mãe que sempre assumiu a limpeza e a manutenção da casa, agora por motivos óbvios teve mesmo que aceitar ajuda!

Já passaram por cá 4...cada uma pior que a outra! Aliás minto, a 2º era excelente e gostamos imenso dela. Quando ela se ia embora, a casa ficava perfeita! Mas infelizmente, por motivos de saúde ela teve que deixar de trabalhar e recomendou uma vizinha dela (a número 3). Muito simpática, muito despachada mas a limpeza deixava muito a desejar.

 

Então amigos e familiares fomos pedindo recomendações...ou não conheciam ou as que conheciam já estavam todas ocupadas e não aceitavam mais ninguém... até que uma amiga de família, nos falou de uma senhora (a número 4).

Veio super recomendada!!! Que era excelente, que fazia uma limpeza irrepreensívelque não deixava nada por limpar... ficamos descansadas e ficou combinado ela vir na semana a seguir. Meus amigos, sem exagero A PIOR DE TODAS!!! 

Os vidros ficaram (e juro que não estou a exagerar) com marca de dedos e com o pó com que estavam, as casas de banho, ficaram tão limpas que quando ela se foi embora e a minha mãe foi verificar... teve que lavar novamente o chão.  - A questão é que como uso cadeira de rodas, obrigatóriamente tem que haver uma limpeza "mais profunda" no chão da casa (nós nem usamos tapetes/carpetes o que já facilita imenso!)


Disse que tinha dado "uma voltinha" à cozinha, mas deve ter sido uma volta tão pequena que as pegas dos armários continuavam na mesma! ( são armários brancos brilhantes e qualquer dedada se nota)

Desde o inicio que houve sempre o cuidado de avisar que não havia necessidade de andar a pressa, para nós o importante era o serviço ficar bem feito,  até porque "depressa e bem...não há quem".

 

Eu entendo que trabalho doméstico não é fácil muito pelo contrário, mas se a pessoa foi contratada para fazer algo...que o pouco que faça, o faça bem feito! Até porque o dinheiro custa a ganhar a todos e estar a pagar a alguém para fazer uma coisa e depois ter que a voltar a fazer porque ficou mal feita??!! Não obrigado!

Agora temos um "chinelo para descalçar"... temos que a dispensar. E como é que se dispensa alguém que vinha tãoooo bem recomendada?  
Mas será que ela é assim em casa das outras pessoas? Ou será que nós é que temos uns padrões de limpeza muito acima da média ?!

Será que é preciso fazer algum curso específico, ou tirar algum mestrado para saber como limpar uma casa de banho por exemplo?!? 

Vai ficar a ideia que nós é que somos demasiado exigentes ou picuinhas... temos pena!

03
Jul19

...

Ainda não tinha comentado aqui mas já comecei a conduzir!

 

Depois de alguns anos sem pegar no volante, comecei a apanhar novamente o gosto pela condução (não que adore particularmente mas ok...).

 

Todos achavam cá em casa, que eu tinha tido algum trauma ou algum stress e que por esse motivo tivesse medo de voltar a pegar no carro.

Não! Nunca tive problema nenhum felizmente, apenas deixei de conduzir por malandrice, por ter sempre o pai disponível para me levar para todo lado...e (o principal motivo) a direção já estava muito pesada para mim. Não me sentia confortável, ágil e isso deixava-me nervosa e apreensiva sempre que houvesse necessidade de estacionar. Não que não o fizesse...mas era lenta 

IMG-20190620-WA0000.jpg

 

Agora isso deixou de fazer sentido, a direção não só é super leve como é super fácil de conduzir e pra estacionar é uma maravilha!!! Com câmara 360º mais fácil impossivel (sinto-me uma verdadeira expert a estacionar  )

Faltam ainda pequenos pormenores, tais como: mandar colocar a rampa e decidir-me a ir buscar a outra cadeira elétrica a Inglaterra (a opção mais viável neste momento. Os italianos devem ser como os portugueses e acham que todos nós somos milionários...então aumentaram o preço da cadeira + 1000€  ao preço já alto de Inglaterra e sem o IVA! O ideal seria mesmo comprar nos EUA mas infelizmente eles não enviam o que é pena porque ficava muitooooo em conta!).

 

Mas como todos os dias "tenho que matar um leão", alguma coisa se vai arranjar de certeza! Entretanto, vou apanhando prática e rezando para que o resto da população se afaste de mim na estrada  

 

 

 

 

 

 

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